Estilo e autoconfiança: Como Ter Coragem de se Vestir como Você

Deixa eu te contar uma história minha com estilo e autoconfiança. Eu comecei a experimentar com meu estilo quando tinha uns 14 anos de idade: trabalhava como garçonete num café na Portobello Road aos sábados, e no meu intervalo corria para as araras de roupa vintage na feira, procurando umas pérolas. Eu lembro que um desses achados foi uma jaqueta de camurça em azul petróleo com gola de pelo fake, bem anos 70.

Eu fiquei tão feliz, mas esta felicidade não durou muito. Vesti a jaqueta para ir à escola na segunda-feira, sabendo que era uma escolha ousada, mas acreditava que eu ia bancar.

Fui tão ridicularizada e envergonhada por minha escolha que nunca mais usei a jaqueta, e dei para minha prima quando ela me visitou. Usei o exemplo da jaqueta, mas já tive a mesma experiência com sapatos de bico fino antes de virar tendência (um ex-namorado), e óculos brancos (um desconhecido na rua); vários outros exemplos me vem à mente que nem vou citar aqui, para não perder tempo. Mas o ponto que quero deixar bem claro é que, a cada vez, eu deixei a opinião não qualificada, não solicitada, do outro me fazer duvidar da minha escolha.

Fazendo do estilo e autoconfiança suas armas

Eu reprimi minha criatividade com a moda durante muito tempo, só a deixando emergir em momentos pontuais, trabalhando em revistas de moda, por exemplo.

Sabemos que o estilo está intrinsecamente ligado à autoestima, e a nossa escolha de roupa comunica uma mensagem sobre quem nós somos. Se queremos aparecer ou nos esconder. Existem várias profissões que contam com um visual elegante e discreto para não chamar atenção no trabalho. Por exemplo, uma advogada com uma estampa bem chamativa talvez não cairia tão bem!

Dito isso, eu acredito que regras existem para ser quebradas, e o estilo é algo que tem que te libertar! Talvez através de uma quebra de paradigma sobre o que uma mulher gorda, uma mulher profissional ou até o que uma mãe pode usar.

Não podemos nem devemos esperar as estrelas se alinharem para ter coragem de nos expressar através de nossa roupa ou estilo de vida

No meu caso, eu sempre me orgulhei da minha agilidade de me adaptar a todos os lugares em que já morei, mas percebo hoje que às vezes isso veio com o preço de silenciar minha própria identidade. Estava tão desesperada por pertencer a uma turma ou um lugar, que eu abri mão de tudo que me fez ser eu. Na era do Personal Brand, a nossa individualidade é uma ferramenta poderosa para nos destacar em nossas profissões.

Muitas de nós somos culpadas de esperar para ousar ser quem nós queremos ser. Precisamos fazer de nosso estilo pessoal algo tão intrínseco que não importa onde moramos, onde trabalhamos, ou se ainda não perdemos ou ganhamos aquele peso.

Não podemos nem devemos esperar as estrelas se alinharem para ter coragem de nos expressar através de nossa roupa ou estilo de vida; se estes tempos nos ensinaram alguma coisa, é que a vida é um presente, e ela é demasiada curta para não arriscar ser feliz, ter seu estilo e autoconfiança para mostrá-lo.

Eu comecei esta matéria falando apenas em roupa, e se transformou em uma espécie de auto ajuda, não é coincidência que consultoras de imagem trabalhem este lado emocional no seu processo com a cliente!

Às vezes eu olho pra trás e me arrependo de não ter bancado aquela jaqueta, mas este momento já passou e, hoje em dia, o melhor que posso fazer é não ter mais medo de ser a minha versão mais autêntica, pois a única pessoa que sai perdendo sou eu!

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