A dica já estava evidente na inspiração para a coleção: “o cliente que busca na marca o prêt-à-porter”, por João Pimenta. A coleção de outono-inverno era muito “segura”, apostando na renovação de peças que já fizeram sucesso no seu ateliê para garantir uma recepção favorável de seu público e, mais importante neste momento de moda, vendas.
A cartela de cores foi branco, off white, azul, marinho, roxo e cáqui, já uma mudança em relação às últimas coleções em que a vitalidade da cultura brasileira foi citada e a ironia da presença de Dória na primeira fila não passou despercebida.
A criatividade ficou evidente na modelagem; as formas dos recortes eram arcos quebrados, elemento geométrico determinado por dois arcos simétricos que se cortam em ângulo, característico da arquitetura gótica.
Estampas e alfaiataria
O gótico também ficou evidente na estamparia, assinada pelo ilustrador André Juventil, que trouxe uma identidade old school às diversas peças de alfaiataria e streetwear. A tecnologia foi valorizada nos tecidos esportivos e tecnológicos, como o Dryshield e o neoprene biodegradável.
Num desfile de muitas parcerias, o estilista apostou nos óculos da Chilli Beans e nos sapatos Melissa para fortalecer o aspecto comercial. Também teve estampas do artista Roberto Alencar e trilha composta pelos músicos Júnior Lima e Júlio Torres.
Fotos de Zé Takahashi.