PFW 2018: Drama, cores e inovação digital

PFW 2018: Drama, cores e inovação digital | EAMR

A semana de moda de Paris encerrou o mês de moda com bastante drama. Veja abaixo os destaques dos meus desfiles preferidos.

PFW 2018: Destaques

Miu Miu – Rebelde sem causa

Sempre haverá um lugar no meu coração para Miu Miu, as coleções sempre apostam numa estética retrô cool com uma vibe kitsch oriental e é uma formula que funciona. Nessa temporada, a musa retrô era rebelde, com cabelo alto ou cortado e um mix de texturas, camadas e cores que deu uma pitada de sal na receita.

Comme des Garçons – Mais é Mais

Rei Kawakubo seguiu a filosofia de que mais é mais criando uma coleção composta de babados, rendas, perucas e proporções oversized. Uma rejeição da tribo do prêt à porter e see now buy now e um sim à criatividade e ao excesso. Kawakubo tomou sua inspiração do trabalho de 1964 ‘Notas de camp,’ da Susan Sontag, que traduziu em uma coleção Comme des Garçons cheia de fantasia e joie de vivre.

Balenciaga vira Hightech

Esse foi um desfile importante para Demna Gvasalia. Nunca será fácil dirigir uma casa tão icônica como a Balenciaga, mas o estilista personalizou o desafio, resistindo à tentação de imitar a alfaiataria de perfeição de Cristóbal Balenciaga. O missão de Demna Gvasalia foi recodificar essa alfaiataria para a era digital. Os corpos dos modelos foram escaneados em 3D, as provas foram virtuais e as formas foram impressas. Teve um aspecto 3D na passarela que foi acentuado pelo uso de camadas; um look em particular teve uma semelhança impressionante ao look do Joey Tribbiani circa 1997, um fato que não passou despercebido nas redes! Além do uso de alta tecnologia, foi a primeira vez na história da casa que homens e mulheres andaram juntos. Mas algumas coisas eram mais familiares, o desfile não ficou sem estampas florais e cinturas marcadas que são o carro chefe da casa.

Chanel e um bosque outonal

Lagerfeld nos levou para um bosque outonal, onde as folhas acabaram de cair e tem musgo nas turfeiras. Tweeds, pérolas, casacos e outras peças identificáveis como “on brand” eram misturadas com metálicos suaves, smoking de estampa floral e até conjuntos de moletom em cores primárias. 

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