Piscou, passou, o NYFW acabou (mais sobre isso depois, vamos viver no presente) e aqui estamos no meio de LFW! É justo dizer que sou mais que um pouco parcial, é sem dúvida a semana de moda que mais me empolga. Londres sempre vem como uma lufada de ar fresco depois do olhar “varejo consciente” que é NYFW. O tempo é curto e tem muito mais por vir, mas abaixo estão:
Meus LFW highlights até agora
Burberry:
Sabíamos que o desfile de despedida de Christopher Bailey como diretor criativo da marca seria emotivo. Depois de 17 anos na liderança da marca, ele resolveu mandar modelos na passarela com todas as cores do arco-íris em apoio ao movimento LGBTQ+ e com uma trilha sonora nostálgica, “Don’t leave me this way”, “I Feel Love” e “Smalltown Boy”. Vimos blusões de plush, doudounes coloridos, jaqueta shell suit, jaquetas em laranja neon que lembram uniformes de coletores de lixo na Inglaterra, moletons com o nome da marca em letras coloridas e claro, o clássico xadrez Burberry. A coleção foi jovem, leve e atual, um pouco indie, um pouco goth e bastante street, seduzindo até Cara Delevingne de volta à passarela. Bailey deixa a Burberry com uma vida nova e em sintonia com o jovem de hoje, um trabalho bem feito!
Molly Goddard:
Conhecida como a rainha do tule, a estilista lançou sua marca com saias volumosas e cores pastel, mas desde então tem mostrado que há muito mais em suas criações. “É muito chato ser confinada ao campo do bonito” diz a estilista. “Ser feminino é legal, mas eu acho que o feminino muitas vezes é mal-interpretado como insípido ou comportado. Eu sou o oposto de comportada.” Este autodescrição é apoiada pelo tema de festa que costuma aparecer nos desfiles da Goddard. Nesta temporada, o cenário lembrou uma cozinha industrial de grandes restaurantes. Em verdadeiro estilo Goddard, as modelos param para tomar um gole de vinho de garrafas abertas na passarela. A hipótese? A festa sempre acaba na cozinha! As silhuetas continuam com volume, mas as cores eram pela maior parte mais sóbrias, com bastante preto e cáqui que deram um toque de sofisticação à festa. As exceções foram um vestido de dourado metálico e um vestido tule de laranja, provando que a estilista sabe como criar uma coleção sofisticada e elegante sem abrir mão da diversão.
Gareth Pugh:
O estilista que sempre traz o drama não nos decepciona nesta temporada. As silhuetas arquitetônicas que fizeram a fama de Pugh apareceram nos ombros quadrados e cinturas minúsculas, a definição do Power Dressing à la anos 80. Vimos penas, pele, verniz e mais que uma pitada de atitude! Uma coleção para mulheres que aceitam ‘zero bullshit’, dizia as notas do desfile. Pugh se inspirou na performance Break Down, na qual Michael Landy ocupou uma loja de departamentos para criar o inverso de uma linha de produção. A inspiração entregou um desfile dark, a beleza destacou olhos pretos, sujos, oleosos, aludindo a uma pintura de guerra ou no mínimo, a quem dormiu maquiada.
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