Na Amir Slama, as modelos tomaram a passarela fortes e decididas em tecidos metalizados, justos, ríspidos e reluzentes. Se alguém ainda estiver na dúvida, as cores vivas deram mais uma pista, os anos 80 foram a inspiração!
O corpo estava em foco: leggings, vestidos que envolvem as curvas, biquínis minúsculos em desenho asa-delta. O desfile teve uma sensualidade e o corpo não escapa ao olhar, mas sob a luz do flash da câmera teve uma outra mensagem, que se prova cada vez mais importante: a igualdade de gênero.
Sexismo Invisível
O detalhe inusitado ficou por conta da tinta escolhida, que só aparecia graças à luz do flash. Quem estava no desfile só pôde ver as frases quando as modelos foram fotografadas com flash.
Trata-se da campanha ‘Sexismo Invisível’, idealizada pelo Estado e assinada pela agência de publicidade FCB, com o objetivo de promover o debate sobre o assédio nem sempre explícito (mas muito comum) cometido contra as mulheres. A intenção foi convidar homens e mulheres a uma reflexão sobre o assédio sexual: “Encontramos uma nova forma de chamar a atenção para uma questão que deveria ser óbvia: a liberdade das mulheres de se vestirem como quiserem, sem que isso seja interpretado de forma diferente pelos homens”, explica Marcelo Moraes, Diretor de Marketing do Grupo.
As frases eram: “Decote não é convite”, “Minha saia não é permissão”, “Me visto como eu quiser” e “Perna de fora não é provocação”. A ação foi ativada no evento pela hashtag #decotenãoéconvite.