Chegou a hora de compartilhar uma notícia minha! Para alguns de vocês que perceberam uma leve barriga aparecendo na minha foto de Instagram semana passada: Sim, é verdade, não tenho mais como esconder, estou grávida e vamos ter um menino em agosto! Dizer que estamos felizes é pouco!
Demorei um pouquinho para escrever este post por vários motivos, apesar de gostar de ter um lugar para falar da minha vida e assuntos que acho interessante, no EAMR não costumo falar tanto da minha vida pessoal. Este também é um momento na vida em que estou consolidando o que é ser eu: uma mulher, uma feminista, uma empreendedora e agora uma futura mãe.
Mulher e mãe
Em nossa sociedade, nascer mulher significa nascer com a culpa de Eva, eternamente responsável pelas contravenções dos homens no mundo e destinada a sentir a dor do parto, junto a uma responsabilidade inerente de “cuidar” de todos, de fazer tudo, de “ser” tudo, mas dentro dos limites que não provocam ou ameaçam o homem. Virar mãe é visto como cumprir seu papel como mulher, um sacrifício, gostoso sim, porém sacrifício que confirma sua validade como mulher.
Fotos da Brina Magalhães
Estar grávida
Estar grávida faz com que seu corpo e mente se tornem propriedade pública, opiniões de desconhecidos vem a todo vapor: o que comer, o que não comer, o que fazer ou o que não fazer; esta abordagem, independentemente de ser proposital ou não acaba infantilizando a mulher. Para piorar algumas pessoas tem um prazer palpável em te dizer como a vida vai ser difícil, como você não está preparada e você não sabe de nada e sua vida nunca mais vai ser do jeito que era antes. E que legal! Quem quer viver no passado? Quero evoluir e fixar meus olhos pra frente, mas nos meus termos. Com 6 meses de gravidez e poucas semanas de barriga visível, eu sei que tem muito mais por vir, mas eu prefiro não entrar em discussão.
Então daqui para frente pode esperar alguns posts direcionados à maternidade, pois estou vivendo este momento. O EAMR não vai virar só isso, pois eu não sou só isso. Vamos falar de gravidez sim, mas não me chama de mamãezinha, mamãe (nada no diminutivo please), não me pergunte sobre meu plano de parto, nem me trate como indefesa, mas aceito um lugar para sentar no ônibus, sim! 😉