Muito mais do que uma fantasia de Carnaval: 10 Fatos que você não sabia sobre a Mulher Maravilha

10 Fatos que você não sabia sobre a Mulher Maravilha | EAMR

Minha primeira fantasia para uma festa de aniversário aos 6 anos de idade foi de Mulher Maravilha; não estou falando daquela fantasia de carnaval bem batida, esta foi uma versão caseira mesmo. Foi meu pai que me ajudou a criar o “look”, aliás ele sempre me ajudava a inventar fantasias criativas. Desde daminha para o casamento da Barbie até uma fada com asas de cabides de metal com tule!

Mas minha fantasia de Mulher Maravilha foi minha preferida, vesti um maiô com pulseiras plásticas amarradas na minha cintura com um lenço. Não lembro muito bem o resto do look, nem da festa, mas sempre tive uma admiração de longe pela Mulher Maravilha, nunca senti que aquela fantasiada sensualizada de carnaval fazia justiça a esta super heroína.

Agora com a chegada aos nossos cinemas do filme Mulher Maravilha, a princesa guerreira está em foco, mas tem muito mais sobre a Mulher Maravilha do que um filme de Hollywood. O livro The Secret History of Wonder Woman (A história secreta da Mulher Maravilha) de Jill Lepore desenrola uma história cheia de sexo, mentiras e política de gênero:

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A história secreta da Mulher Maravilha de Jill Lepore

10 Fatos que você não sabia sobre a Mulher Maravilha

1. A Mulher Maravilha apareceu como personagem de quadrinhos em 1941. Seu criador, o americano William Moulton Marston, nasceu em 1893 em Massachusetts. Ele tinha 3 graduações de Harvard, foi cientista, advogado, professor e é considerado o inventor do detector de mentiras. Interessante que a Mulher Maravilha tem um laço da verdade.

2. Ele acreditava que as mulheres deveriam governar o mundo.

3. Marston conheceu sua futura mulher Elizabeth Holloway, nascida na Ilha de Man (território britânico) quando ela se mudou para os EUA. “Ela era feroz e exigente. Principalmente, ela era sem medo.” Ela foi uma inspiração para Mulher Maravilha. Mas “Mulher Maravilha não veio da Ilha do Homem, mas da Ilha da Mulher”.

4. Marston e Holloway se casaram em Setembro de 1915. Ambos estudaram direito – ele em Harvard e ela em Boston, pois Harvard não aceitava mulheres. Não é coincidência que uma grande parte da Mulher Maravilha aconteça no “Holliday College”, cheio de professores sinistros com nomes como Professor “Manly”: Vilões do feminismo.

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5. Marston conheceu Olive Byrne, sobrinha da ativista pró anticoncepcional Margaret Sanger, quando ela foi sua aluna. Eles trabalharam bem próximos, incluindo um experimento eticamente duvidoso sobre os prazeres de bondage.

6. Quando Byrne se formou em 1926, Marston informou sua mulher que ela ia morar com o casal. Holloway fez um trato com seu marido. Marston podia manter sua amante e ela, sua carreira. Olive, treinada na ciência de psicologia, ia criar os filhos. Eles achariam um jeito de explicar, de esconder.

7. Em 1941, Marson foi contratado por Maxwell Charles Gaines, o fundador de All-American Comics (que mais tarde virou DC Comics), para ajudar a empresa a lidar com as críticas sobre as mensagens das histórias em quadrinhos. Ele insistiu que uma super heroína seria a melhor solução para combater machismo.

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8. A Mulher Maravilha foi lançada em 1941, em Sensation Comics escrito por Marston. Até Março de 1942, a Organização por Literatura Decente tinha proibido a publicação, porque a protagonista não estava “adequadamente vestida”. Mas em Julho do mesmo ano Mulher Maravilha ganhou seu próprio quadrinho. Marston emitiu um release de imprensa explicando que a “Mulher Maravilha foi criada pelo Dr. Marston para criar um padrão de feminidade livre, forte e corajosa entre crianças e jovens, e de combater a ideia de que mulheres são inferiores aos homens, para inspirar em meninas a auto-confiança e realizações atléticas, ocupações e profissões monopolizadas por homens.”

9. Mas não foi tão simples assim. Marston curtia bondage e S&M, e isso ficou evidente no seus gibis. Reclamações foram feitas. A psiquiatra infantil Lauretta Bender foi chamada para tentar estabelecer se se tratava de leitura pública adequada ou danosa para crianças. Lauretta, contratada pelo Conselho de histórias em quadrinhos da DC, aprovou os gibis. 

10. Mulher Maravilha foi um grande sucesso junto aos leitores, e mais tarde ela entrou na Sociedade de Justiça (a Liga da Justiça hoje em dia). Mas não foi a vitória que poderia ter sido: ela foi nomeada secretária da sociedade. Enfim, Mulher Maravilha é a primeira personagem de quadrinho a ganhar seu próprio filme, nesta era de super heróis no cinema, filme dirigido por uma mulher… Secretária… Me poupe!

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